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domingo, 8 de janeiro de 2017

Há 50 anos - Relojoaria Maurício Queiroz, Braga, 1967


(arquivo Fernando Correia de Oliveira)

Publicidade de 1967 à Relojoaria Maurício Queriroz, de Braga. Aquando da elaboração de História do Tempo em Portugal - Elementos para uma História do Tempo, da Relojoaria e das Mentalidades em Portugal (2003), falámos com o então responsável por este espaço, um dos mais antigos no seu género na cidade.

Em Relógios & Relojoeiros - Quem é Querm no Tempo em Portugal (2006) incluimos entradas sobre este tema:

OURIVESARIA QUEIROZ Estabelecimento inaugurado em 1903 – o mais antigo do género na cidade de Braga. Fundada por José Augusto Pinto de Queiroz, um operário têxtil que se dedicaria à relojoaria e que passaria, à sua morte, em 1933, aos três filhos – José, João e Maurício.

A casa, que esteve primeiro no Campo da Vinha e que se mudou depois para o local onde ainda hoje se encontra, a Rua D. Frei Caetano Brandão, é dirigida pelo actual proprietário, Paulino Ribeiro de Araújo (ver).


Paulino Ribeiro de Araújo, em 2003, no seu estabelecimento  (fotografias arquivo Fernando Correia de Oliveira)







Em Relógios & Relojoeiros - Quem É Quem no Tempo em Portugal, escrevemos:

ARAÚJO, Paulino Ribeiro de

Relojoeiro reparador, continuava em 2004, aos 81 anos, à frente da Relojoaria Queiroz, um estabelecimento fundado em 1903 – o mais antigo do género na cidade de Braga. A Relojoaria Queiroz foi fundada por José Augusto Pinto de Queiroz, um operário têxtil que se dedicaria à relojoaria e que passaria, à sua morte, em 1933, aos três filhos – José, João e Maurício – a casa que esteve primeiro no Campo da Vinha e que se mudou depois para o local onde ainda hoje se encontra, a Rua D. Frei Caetano Brandão.

Foi na Relojoaria Queiroz que o pai de Paulino o conseguiu “encaixar”, após ele ter feito a quarta classe, nas Oficinas de São José. “Os padres queriam que eu fosse para o seminário, mas eu não…”, dizia em entrevista, no início de 2004, o mais velho relojoeiro português em actividade. “O meu pai, que era polícia, mas que sempre se interessou por relógios e que frequentava a casa, pediu para que me dessem emprego. Fiquei até hoje”.

O seu grande mestre na arte da relojoaria foi José Augusto Pinto de Queiroz. “Ele tinha aprendido com o pai, eu aprendi com ele, e eu ensinei ao meus filhos”, diz. A Relojoaria Queiroz, que continua hoje a dedicar-se à venda, reparação e restauro de relojoaria fina, média e grossa, tem sido uma autêntica escola, por onde passaram gerações de relojoeiros. “Nos anos 40, 50 e 60 fizemos relógios de torre e de pé alto com mecanismos feitos por nós. E chegámos a vender relógios de pulso com a nossa marca, com movimentos comprados na Suíça”, diz.

Maurício Queiroz dá entretanto sociedade a Paulino e a outro relojoeiro da casa, Vítor Augusto da Costa Lima. Maurício falece em 1973.

Hoje, a Relojoaria Queiroz é pertença de uma sociedade familiar, composta por Paulino, a mulher e os seus sete filhos, quatro deles relojoeiros e a trabalharem na casa. “Isto já chegou a ter 13 relojoeiros, tal era o movimento de venda, reparação e restauro”. Para comemorar os 100 anos, lançaram um relógio de pulso, em 2003, edição limitada, com a marca Ourivesaria Queiroz e movimento ETA.

Para aprofundar este e outros temas relacionados com o Tempo, pode consultar aqui uma bibliografia horológica.


Anúncio de 1940 (arquivo Fernando Correia de Oliveira)

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