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domingo, 13 de maio de 2012

As motos com peças de relojoaria do brasileiro José Geraldo Pfau


(Antes de começar a ler este post, vá aqui). Há uns anos, Estação Cronográfica publicou um artigo sobre o brasileiro José Geraldo Pfau, que se entretém a fazer motas com pedaços de relógios. Agora, o nosso amigo Rui Oliveira manda-nos algumas imagens dessas obras. E faz-nos assim lembrar do tema, republicando o que foi escrito no suplemento Casual do Semanário Económico.


Peças de relojoaria servem para construir miniaturas

 Que a micro e a macro mecânica estão ligadas pelos mesmos princípios teóricos toda a gente sabe. Que quem gosta de mecânica – carros, motas, aviões – costuma apreciar o pequeno-grande mundo da relojoaria, também é sabido. Mas um publicitário brasileiro levou esta relação mais longe – faz miniatura de motos com peças de relógios.

O publicitário José Geraldo Pfau nasceu, cresceu e viveu os seus 57 anos em Blumenau, Santa Catarina, zona do Brasil que como o nome indica, recebeu grande imigração proveniente da Alemanha. Sempre teve gosto pelo trabalho manual e um dos seus passatempos começou por ser a construção de objectos de arte a partir de chaves velhas, vindas de fechaduras de portas há muito em desuso. Depois, inspirado por trabalhos que viu na Internet, em cerâmica, madeira, metal, e onde surgiam miniaturas de motas, passou a outra fase do seu passatempo – a construção desses objectos, mas usando peças de óptica e relojoaria.




“Não são réplicas de modelos existentes”, diz ele ao Casual numa entrevista pela Internet. “São miniaturas de modelos totalmente concebidos por mim”. E como surgiu a ideia de usar peças de relógio? “Partiu tudo de uma campanha de publicidade que fiz para um amigo do ramo, que tem uma loja em Blumenau e que aceitou relógios usados como entrada do pagamento de relógios novos”, diz. “A maior parte dos relógios entregues na campanha estavam estragados, sem concerto possível”. O mesmo se passou com a campanha de troca de óculos que ocorria em simultâneo.

De repente, José Geraldo ficou com um monte de peças de relógios e óculos velhos disponível. Mãos à obra. “Claro que a minha paixão pelas motos, nos anos 60, ajudou”, confessa alguém que teve exemplares de 50 cc mas também uma saudosa BSA com uns impressionantes 600 cc. Todas as máquinas que iam passando pela mão do jovem José Geraldo iam sendo alteradas, ao gosto Easy Rider. Isso vê-se agora também nas miniaturas, que começaram por ser a duas dimensões (quadros para pendurar na parede) e são hoje a três.




A colecção de José Geraldo Pfau já vai em mais de 200 motas e tem sido exposta em feiras de joalharia e relojoaria no Brasil. “Há modelos em que são utilizadas rodagens de relógios com mais de 20 rodas. Tudo é criativamente aproveitado – a pulseira vira assento, mostradores passam a aros, as engrenagens fazem-se motores, etc.” “Isto é uma colecção pessoal. As peças, individualmente, não estão à venda, mas pode ser que, no futuro, apareça um coleccionador que a queira adquirir”, admite. Se quiser saber mais sobre este publicitário motoqueiro pode ir a www.pfau.com.br.


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